Por Sandro Jardel
O CMSE (Comando Militar do Sudeste) liberou nesta terça-feira (24) sete militares suspeitos de furtar 21 metralhadoras do quartel de Barueri, na região metropolitana de São Paulo em setembro -eles estavam aquartelados há cerca de duas semanas, quando o sumiço das armas foi notado.
Em nota, o Exército informou que, "em razão da evolução das investigações, não existe mais nenhum efetivo aquartelado". Ainda, o órgão destacou que "todos os militares cumprem o expediente normalmente, ou seja, ninguém foi afastado de suas funções.
Até a segunda-feira (23), o Exército mantinha cerca de 40 militares aquartelados. Desses, sete são suspeitos de participar diretamente do furto das metralhadoras. Outros 13 militares são investigados por participação indireta.
Conforme a CMSE, todos os militares vão responder "por possíveis crimes cometidos à luz do Código Penal Militar" por furto, peculato, receptação e desaparecimento, consunção ou extravio.
Paralelamente à apuração criminal, os suspeitos podem sofrer punições disciplinares que podem ser advertência, impedimento disciplinar, repreensão, detenção disciplinar e prisão disciplinar por até 30 dias.
As metralhadoras foram furtadas no dia 7 de Setembro, mas o sumiço das armas só foi notado pelo Exército no dia 10 de outubro. Foram desviadas 13 armas .50 e oito de calibre 7,62.
Até o momento, foram recuperadas 17 das 21 metralhadoras -oito foram encontradas em uma comunidade na zona oeste do Rio de Janeiro, e nove em São Roque, no interior de São Paulo. Ninguém foi preso.
COMO AS ARMAS FORAM RECUPERADAS
A localização das armas em São Roque aconteceu após um trabalho de inteligência da Polícia Civil de São Paulo. O órgão mapeou as atividades de suspeitos de integrar organizações criminosas e identificou o local onde estava sendo feito o transporte de armamentos.