Após 290 dias desde a data que matou a tiros a própria esposa, Leandro Pinheiro Barros, frequentava eventos sociais, tinha amigos e namorava uma estudante de Medicina, na Bolívia, onde fugiu depois de praticar o crime que abalou os alagoanos, em junho do ano passado.
Mônica Cavalcante tinha 26 anos e vivia no municípios de São José da Tapera, no interior de Alagoas, quando foi assassinada. Ela foi vítima de feminicídio.
Momentos antes de ser morta, Mônica gravou um vídeo e denunciou que, se caso algo acontecesse com ela, o marido seria o culpado. Ela foi assassinada em frente ao fórum da cidade, após sair sozinha de uma festa junina - local onde havia discutido com Leandro.
Preso na cidade de Santa Cruz de La Sierra, na Bolívia, o homem estava na condição de foragido da Justiça. Ele deve chegar ao estado alagoano até o fim de semana e seguirá para o sistema prisional.
O acusado foi encontrado graças a um trabalho minucioso de investigação, que envolveu especialmente agências de inteligências. A informação, inclusive, de que ele teria fugido para a Bolívia chegou à polícia ainda no início das investigações.
“A grande dificuldade foi o tempo transcorrido e o grande número de falsas informações que eram apresentadas, mas, através de um trabalho extremamente técnico e perseverante houve a captura”, destacou o delegado Thales Araújo, da Diretoria de Inteligência Policial (Dinpol).
Ainda segundo o delegado, após Leandro ser localizado e preso, a Polícia Civil do Mato Grosso do Sul, estado que faz fronteira com a Bolívia, o trouxe para o Brasil. Ao ser ouvido, inicialmente, ele confessou o assassinato e disse que estava bêbado quando tirou a vida de Mônica.