Por Weverton Bruno
A paisagem digital está em constante evolução, ultrapassando as expectativas em relação a ambientes, formatos e canais de publicidade. A Integral Ad Science - IAS, acompanhando o dinamismo do mercado, produziu o Relatório de Qualidade de Mídia. Os dados revelam que o Brasil detém a posição de liderança mundial em relação ao conteúdo adulto em anúncios, o que representa um desafio para os anunciantes.
No Brasil, o país registra o maior índice global de conteúdo adulto, classificado por risco de marca em diferentes categorias, incluindo desktop, aplicativos móveis e exibição na web móvel, atingindo um alarmante percentual de 63%. Em comparação, os Estados Unidos registram uma taxa de apenas 13%.
O estudo da IAS classifica conteúdo adulto como aquele relacionado à nudez, sexo, imagens explícitas, serviços sexuais, nudez artística e jornalismo sexual. A classificação é realizada com base em imagens estáticas e vídeos, que são pontuados separadamente. Atualmente, a empresa busca aprimorar sua tecnologia para unificar essas classificações em um único sistema, permitindo a análise de intensidade, desde nudez explícita até jornalismo informativo relacionado ao sexo.
A pesquisa também destaca que as marcas ainda não estão investindo em estratégias para evitar contextos inadequados, priorizando apenas a exclusão de conteúdo relacionado a drogas e álcool, que registram baixas taxas de 6% e 4%, respectivamente.
O conteúdo adulto associado a marcas pode ter um impacto negativo nos negócios, especialmente em um cenário em que a segurança da marca se torna cada vez mais importante. À medida que mais informações circulam, as empresas precisam adotar estratégias que minimizem os efeitos negativos no mercado de publicidade. Isso inclui a consideração de segmentos contextuais e uma abordagem cuidadosa ao ativar esses segmentos, a fim de evitar limitações na escala da publicidade.
Os especialistas enfatizam a importância de adotar uma abordagem criteriosa, uma vez que ativar indiscriminadamente segmentos, como 'Adulto', pode resultar em uma taxa de bloqueio excessiva e prejudicar o alcance das campanhas. É necessário buscar mecanismos de inteligência para garantir a adequação do conteúdo, sem restringir indevidamente a exposição das marcas.