A defesa do delegado Rivaldo Barbosa, ex-chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro, suspeito de planejar a morte da vereadora Marielle Franco, pediu para prestar depoimento à PF (Polícia Federal).
O documento foi encaminhado ao ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal). A defesa alega que, embora tenha havido a determinação judicial que se ouvissem os investigados tão logo fossem realizadas as prisões, isso ainda não aconteceu, mesmo 30 dias após a deflagração da operação da Polícia Federal.
Defesa pede para que mulher também seja ouvida. Os advogados solicitam ainda para que Erika Andrade de Almeida Araújo, advogada, empresária e esposa de Barbosa, preste depoimento à PF e que medidas cautelares contra ela sejam revogadas.
A petição é assinada pelos advogados Marcelo Ferreira de Souza e Felipe Dalleprane, que fazem a defesa do delegado.
O delegado é acusado de participar do planejamento do crime. Segundo relatório da corporação, ele atrapalhou as investigações das mortes de Marielle e do motorista Anderson Gomes.
Barbosa assumiu cargo na Polícia Civil um dia antes dos assassinatos. Ele foi nomeado pelo então interventor federal na segurança pública do Rio de Janeiro, o general Braga Netto.