O operador de máquinas Júlio César construiu uma balsa para a filha, de 11 anos, conseguir estudar em Crixás, no norte de Goiás. Com o apoio de uma corda amarrada nas margens do rio, o pai atravessa para levar a menina até o ponto onde ela pega o transporte escolar. Depois da aula, a travessia é feita à noite.
Em nota, a Prefeitura de Crixás informou que o transporte da estudante da rede estadual e dos moradores é feito por vias vicinais, não pelo rio Crixás-Açu. Além disso, a prefeitura informou não haver planos para construir uma ponte no local, pois a passagem pelo rio é uma escolha dos moradores como atalho entre fazendas particulares.
No entanto, a família informou que o caminho que dá acesso ao transporte escolar, na via principal, é longo. São 40 km para ir e 40 km para voltar. Por isso, Júlio viu como uma saída a construção de uma balsa com tambores de plástico. Na volta, a menina usa um colete salva-vidas na travessia.