Por Sandro Jardel

Um ex-policial penal, de Pernambuco, foi condenado a 7 anos, 2 meses e 20 dias de reclusão pelo crime de homicídio contra José Renato Santos da Silva. A vítima era flanelinha e foi assassinada a tiros, no dia 07 de abril de 2021, no bairro Pajuçara, em Maceió.

Além da condenação, o policial penal perdeu o cargo público e deverá pagar R$ 110 mil de indenização aos familiares de José Renato Santos. O julgamento ocorreu na última quinta-feira, 09, realizado pelo juíz Geraldo Amorim, da 9ª Vara Criminal de Maceió.

De acordo com a Polícia, o policial penal disparou com arma de fogo contra a vítima em um estacionamento público na região onde ocorreu o crime.

Conta a denúncia, que o policial penal estava no interior de seu automóvel consumindo drogas, quando a vítima se aproximou e começou uma discussão. Durante o embate, o policial efetuou os primeiros disparos de arma de fogo, deixando José caído agonizando. Em seguida, se aproximou da vítima, sem descer do carro, e efetuou mais um disparo.

“O réu é policial penal em Pernambuco e foi condenado ontem por assassinar um rapaz que vivia em situação de rua. Foi um caso que teve muita repercussão à época. Esse foi um crime que causou danos irreparáveis para a família, tanto para a mãe da vítima, como para o seu filho, uma pessoa com deficiência”, relata a promotora de Justiça, Adilza de Freitas.

Em depoimento, o autor do crime afirmou que acreditava que o flanelinha tinha intenção de roubar seu celular.

“Há relatos da mãe do réu e da ex-esposa deste, indicando que o réu apresentou, em diversas ocasiões, comportamento agressivo, combinando o uso de medicações com drogas ilícitas, tendo supostamente agredido a própria mãe, uma idosa de 80 anos, além de que, ainda segundo relatos o acusado, embora Policial Penal, já teria participado de ilícitos, inclusive junto a outros policiais”, destacou o magistrado, ao falar da condenação do ex-policial penal.

O juiz ainda destacou que “o filho da vítima, um adolescente de 14 anos, é deficiente, e se encontra aos cuidados da avó materna, já que a vítima a ajudava financeiramente”.