Por Sandro Jardel / Fonte Folha de SP
O Exército oficializou nesta segunda-feira (23) que há sete militares suspeitos de participação no furto de 21 armas do Arsenal de Guerra em Barueri, na região metropolitana de São Paulo. Ao menos três deles podem ter envolvimento direto na retirada e transporte do armamento.
A Folha de S.Paulo já havia informado neste domingo (22) que esse poderia ser o número de militares alvo do inquérito policial militar. Caso tenham atuação comprovada, eles serão julgados pela Justiça Militar.
O inquérito tem 40 dias de prazo para ser concluído e pode ser prorrogado por mais 20. É possível, porém, que a prisão dos suspeitos ocorra antes do esgotamento do prazo. Se presos, os suspeitos serão transferidos para 8º Batalhão de Polícia do Exército, na capital paulista.
O Comando Militar do Sudeste ainda mantém 40 militares aquartelados na unidade de Barueri, 13 dias depois de constatado o furto do local. Os sete suspeitos estão dentro desse grupo.
Entre os soldados e oficiais sem autorização de saída do quartel, alguns estão nessa condição para que contribuam com a investigação e não por serem considerados suspeitos de envolvimento direto ou indireto no furto.
Há também 20 militares que respondem a procedimento disciplinar por suposta negligência ou por erro de conduta. Eles eram responsáveis por tarefas que incluíam a vigilância das instalações no período em que o armamento foi subtraído.
Esses militares receberam um formulário de apuração de transgressão disciplinar e estão na fase de defesa. Seus celulares foram aprendidos.
A falha no procedimento, se confirmada, pode prejudicar a progressão na carreira militar, além de resultar em até 30 dias de prisão.
Os sete suspeitos de participação no sumiço das armas não estão entre os 20 advertidos administrativamente. Além disso, os 20 militares que receberam advertências não estão, necessariamente, entre os 40 aquartelados.