Três operações conjuntas foram deflagradas em Alagoas e Santa Catarina, nesta quinta-feira (23), com o objetivo de combater o tráfico de entorpecentes e o porte ilegal de armas de fogo. Até o momento, 18 pessoas foram presas e um revólver calibre 38, além de munições e drogas, foram apreendidos.

As operações foram realizadas pela Secretaria de Estado da Segurança Pública (SSP/AL) e o Ministério Público do Estado de Alagoas, através do Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco), e ocorreram em Maceió, Rio Largo, Arapiraca e outros cinco municípios do interior alagoano.

Além de Alagoas, os mandados, todos expedidos pela 17ª Vara Criminal da capital, também estão sendo cumpridos na cidade de Pomerode, no Vale do Itajaí, em Santa Catarina. As investigações têm como objetivo combater o tráfico de entorpecentes e o porte ilegal de armas de fogo.

Do total de prisões, 13 foram na Operação Caroá, ocorrendo nos municípios de Dois Riachos (3 prisões), Santana do Ipanema (4 prisões), Craíbas (1 prisão), Arapiraca (1 prisão), Maceió (3 prisões), e Pomerode/SC (1 prisão).

Na operação Sucessão, cinco pessoas foram presas, sendo três em Rio Largo e duas em Maceió.

OPERAÇÃO SUCESSÃO

A operação Sucessão cumpre 14 mandados de prisão e 21 de busca e apreensão nas cidades de Maceió e Rio Largo. Segundo as investigações coordenadas pelo Gaeco e pela 65ª Promotoria de Justiça da capital, por meio da promotora de Justiça Martha Bueno, SSP/AL e 8º Batalhão de Polícia Militar (BPM), o grupo atuava especialmente na região da Mata do Rolo e nos bairros da capital próximos a essa localidade.

A operação recebeu este nome em razão do líder da organização criminosa ter recebido uma espécie de "espólio do crime" devido ao aprisionamento de seu irmão, considerado uma das principais lideranças do tráfico de drogas na região, havendo, portanto, uma sucessão de ativos criminosos ("herança do crime").

Para cumprir os mandados judiciais, foram empregados policiais militares do 8º BPM, do Batalhão de Polícia Militar de Rondas Ostensivas Táticas Motorizadas (Rotam), Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope), Batalhão de Polícia de Trânsito (BPTran), e da Companhia Independente de Choque (CPM/I-Choque), além de policiais civis do Tático Integrado de Grupos de Resgates Especiais (Tigre), NI, Serb e Secor da Diretoria de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado (Dracco), Delegacia de Narcóticos (DNARC) e equipes da Operação Policial Litorânea Integrada (Oplit).

OPERAÇÃO CAROÁ

A ação desarticula uma organização criminosa que atua no Sertão, Agreste e também na capital alagoana, cumprindo 12 mandados de prisão e outros 25 de busca e apreensão nos municípios de Maceió, Santana do Ipanema, Dois Riachos, Arapiraca, Craíbas e, ainda, em Pomerode, no estado de Santa Catarina.

As investigações foram realizadas através de uma atuação conjunta entre o Gaeco, a 65ª Promotoria de Justiça, a SSP/AL e o 7º Batalhão de Polícia Militar (BPM). O nome da operação se dá em razão de "Caroá" ser uma planta nativa da Caatinga, vegetação típica do Sertão, onde a organização criminosa iniciou suas atividades delituosas. Os líderes do grupo também são naturais da região, embora alguns já tenham se mudado para Maceió e outras localidades fora de Alagoas.