Por Jardel Gonçalves/ Matéria extraída do Metropoles
São Paulo – A policial militar Nagmar Pinheiro Pereira foi condenada nessa quinta-feira (27/7) a 21 anos de prisão por assassinar o marido dela, o também PM Nélio Rego Lione, de 44 anos, queimado, em Guarulhos, na Grande São Paulo.
A cabo da PM foi condenada pelos crimes de homicídio duplamente qualificado (por motivo torpe e recurso que dificultou a defesa da vítima) e ocultação de cadáver.
Na sentença, o juiz Luis Fernando Decoussau Machado salientou ainda que, além de assassinar o marido e ocultar o cadáver, Nagmar também “intimidou a própria filha para que ela acobertasse os fatos”. Além da prisão em regime fechado, a Justiça decretou a perda do cargo, emprego ou função da ré. Ela ainda pode recorrer da sentença.
O crime
O corpo de Nélio Rego Lione foi encontrado carbonizado dentro de um carro, na Estrada do Sabão, em Guarulhos, na Grande São Paulo, no dia 18 de janeiro de 2020, com perfurações de bala e carbonizado.
Segundo a polícia, que investigou o crime como passional, o cadáver estava no banco de trás do carro, enrolado por um edredom e com a cabeça descoberta. O Corpo de Bombeiros chegou a ser acionado para apagar as chamas, mas quando chegou a situação já estava controlada. O corpo de Nélio foi identificado por colegas policiais que atuavam com o PM.
Dois dias depois, ainda de acordo com a investigação do caso, Nagmar confessou o crime. Antes, ela havia informado que o carro carbonizado onde estava o corpo do marido era seu, mas quem usava o veículo era o marido. Uma equipe de peritos esteve no local e identificou, preliminarmente, que a vítima tinha três marcas de tiro em um dos braços.
O cabo, que atuava no 5º Batalhão da Polícia Militar de Guarulhos, era irmão de Gerice Lione, vereadora pelo município de Suzano, que também é policial militar, e na data do crime, era presidente da Câmara Municipal da cidade.