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Polícia Civil começa a ouvir testemunhas do caso Adalberon de Moraes, ex-prefeito de Satuba

Por Redação
março 5, 2024

A Polícia Civil de Alagoas (PC/AL) já começou a ouvir testemunhas do assassinato do ex-prefeito de Satuba, Adalberon de Moraes, 68 anos, morto a tiros na última sexta-feira (1), no Centro de Maceió. Conforme a delegada Talita Aquino, da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), novas testemunhas serão ouvidas nesta semana.

A informação foi repassada na manhã de desta segunda-feira (4), durante uma coletiva de imprensa na sede da DHPP. Ainda conforme a autoridade policial, nenhuma linha de investigação será desconsiderada. Ela disse ainda que vai ser considerado a relação de Moraes com crimes de homicídio pelos quais ele já tinha sido condenado.

"Não vamos descartar nada no momento. Considerando que a vítima respondia por homicídios, inclusive, fazia uso de tornozeleira eletrônica. Ou seja, essa também será uma das linhas de investigação", disse Talita.

Ainda segundo a delegada, a pessoa que socorreu o ex-prefeito e levou até o Hospital Geral do Estado (HGE) já foi ouvida. "Algumas imagens foram obtidas e serão analisadas para que a gente possa evoluir na investigação", antecipou a delegada.

Talita Aquino disse que também pretender ouvir a família da vítima para saber ser ele sofreu alguma ameaça nos últimos dias.

ADALBERON DE MORAES

Adalberon de Moraes tinha uma carreira política marcada por polêmicas e acusações de envolvimento com crimes como estupro, assédio, corrupção e até homicídio.

Em 1997, Adalberon de Moraes foi acusado da morte do assessor parlamentar Jeams Alves dos Santos, da feirante Gizele Suplime dos Santos e do motorista Carlos André Fernandes, além do mais célebre crime atribuído ao político, o professor Jorge Bandeira. A sequência de crimes teria motivação política.

Bandeira foi sequestrado, torturado, acorrentado vivo e morto carbonizado dentro do seu carro, na zona rural de Satuba, após receber uma ligação da prefeitura. O professor era uma voz ativa contra a gestão da época. O prefeito, por sua vez, chegou a afirmar que o educador poderia ter se matado.

 

 

Redação com Tribuna Hoje

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