Por Weverton Bruno
A Polícia Civil do Rio de Janeiro está empenhada em identificar os responsáveis pela execução de quatro traficantes, suspeitos de envolvimento no ataque a médicos na orla da Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio. O ataque, que resultou na morte de três médicos ortopedistas e deixou um quarto ferido, ocorreu na madrugada de quinta-feira (5).
De acordo com as investigações, um dos principais líderes da maior facção criminosa do estado, Wilton Carlos Rabelho Quintanilha, conhecido como Abelha, teria participado da decisão de executar os suspeitos. Os corpos dos traficantes foram encontrados na Zona Oeste do Rio na madrugada seguinte.
A hipótese da polícia é que o ataque aos médicos ocorreu devido a uma confusão, na qual um dos profissionais teria sido confundido com um miliciano. O quarto médico ferido encontra-se em um hospital particular e está em estado estável.
A suspeita recai sobre traficantes ligados ao Comando Vermelho, que teriam tomado a decisão durante uma reunião no Complexo da Penha, Zona Norte do Rio, e realizado uma videoconferência com outros criminosos que estão detidos no complexo penitenciário de Gericinó.
Entre os supostos participantes dessa decisão estão Wilton Carlos Rabelho Quintanilha, o Abelha, e Edgar Alves de Andrade, conhecido como Doca, apontados como líderes da facção nas ruas e nas comunidades controladas pelo grupo.
Abelha, que foi libertado em julho de 2021, foi flagrado cumprimentando o então secretário de Administração Penitenciária, Raphael Montenegro, em sua saída da prisão. As investigações da polícia indicam que ele desempenha um papel estratégico nas decisões da facção criminosa que atua no estado. A Polícia Civil segue apurando os detalhes desse caso complexo e preocupante.
Traficante Wilton Carlos Rabelho Quintanilha, o Abelha, apontado como chefe da maior facção criminosa do RJ — Foto: Reprodução
Fonte de informação G1