Por Vanessa Lma
Um mês após o assassinato da jovem trans alagoana Ana Luisa Pantaleão, de 19 anos, a família ainda tenta sepultar seu corpo. A avó da vítima contou que conseguiu fazer o reconhecimento oficial junto ao Instituto Médico Legal (IML) de São Paulo, para onde o corpo foi levado após ser encontrado morta às margens de uma rodovia em Pitágoras do Bom Jesus (SP), mas que ainda aguarda a liberação para o translado.
"O dia amanheceu com uma tristeza inexplicável. Muitas saudades, uma espera sem fim e sem respostas do porquê de tanta crueldade", lamentou a avó da jovem, Cláudia Santos.
Segundo Cláudia, a previsão do IML é de que o corpo seja liberado na manhã de segunda-feira (9). Depois, o corpo irá para uma funerária, onde será preparado para o translado.
Se esse cronograma se confirmar, o corpo deve ser embarcado na quarta (11) em um avião em São Paulo com destino a Aracaju, onde seguirá para sepultamento em Pão de Açúcar.
Ana Luiza morava em São Paulo há um ano e meio. Segundo a avó, ela era garota de programa e, o assassino era cliente dela. Ele foi preso no dia 15 de setembro, dias depois confessou o crime e mostrou onde estava o corpo.
A família foi informada sobre o desaparecimento de Ana Luiza no dia 6 de setembro. No dia seguinte, Cláudia viajou até a cidade onde ela morava para acompanhar as investigações.
"As investigações ainda não foram concluídas, mas até onde eu sei, o crime foi na madrugada do dia 4 de setembro. Câmeras mostram ela [a vítima] no carro dele [o cliente preso]. O celular dela para de funcionar e ela desaparece", conta a avó.
Cláudia conta que a neta deixou Pão de Açúcar em busca de uma realização pessoal. Em São Paulo, ela morava em um pensionato com outras 12 pessoas.
Segundo a avó, Ana Luiza tinha o sonho de morar na Europa. Enquanto esse sonho não se realizava, a neta fazia planos de voltar a morar em Maceió e comprar um apartamento.
Via g1 Alagoas