Já ultrapassa a marca de 1,5 milhão de acessos a série de posts do influenciador Rodrigo da Silva, mostrando a relação da agência de publicidade Mynd8 com indústrias que movimentam o PIB brasileiro e até órgãos governamentais, fazendo funcionar uma máquina fabricadora de fake news, capaz de destruir reputações e servir a interesses políticos.
Ela é chamada pelos seus críticos de Máfia Digital. E seus tentáculos são bem maiores do que as pessoas imaginam.
Segundo da Silva, a Mynd8 faturou mais de R$ 500 milhões em 2022. E a previsão é chegar a R$ 1,5 bi em 2025. Artistas como Anitta, Pabllo Vitar e Luísa Sonza são agenciados pela empresa, sem falar em diversas páginas de fofoca páginas como Alfinetei, Fuxiquei, Gina Indelicada, e a Choquei, que se desligou recentemente da agência multimilionária.
Um dos posts do influenciador faz referência a Murilo Henare. “Murilo é o fundador e CEO da Banca Digital. A Banca Digital agencia alguns dos maiores perfis de fofoca das redes sociais brasileiras, e está ligado à Mynd, maior agência de marketing de influência do país”.
No ‘epicentro’ das polêmicas envolvendo as gigantes do marketing digital está a relação entre a Mynd8, ‘padrinhos políticos’ e a Choquei, página investigada por notícias falsas relacionadas a Jéssica Vitória Canedo, jovem mineira que cometeu suicídio na véspera de natal após receber ataques de ‘haters’ por supostamente ter se envolvido com o humorista Windersson Nunes. “A Choquei – que ajudou a impulsar o conteúdo falso – já foi agenciada pela Mynd, mas não aparece mais em seu catálogo”, afirmou a trend do influenciador.
Redação com Diário do Poder
Há um episódio enfático, porém pouco recordado após os episódios mais recentes envolvendo a página. É que em Abril deste ano, um post da Choquei tentou dar uma repercussão ‘positiva’ para a taxação de compras estrangeiras pela internet, acima de R$50 – medida anunciada pelo governo federal.
Como em um ato orquestrado, a primeira dama Rosangela da Silva, a Janja, respondeu o post dizendo que a cobrança seria apenas para as empresas e não ao consumidor final, sendo checada pelos usuários da rede social X.
A Banca Digital, que é esse grande complexo de agenciamento de páginas, ligado à Mynd, já teve em seus quadros a comunicadora Vanessa Campos como ‘head de jornalismo’.
Segundo a denúncia, a especialista em estratégia e planejamento de comunicação, durante sua carreira, atuou em órgãos como Fiocruz Brasília e Gabinete Digital da Presidência da República na gestão de Dilma Rousseff, entre outras atribuições que desempenhou no governo da petista.
Antes das eleições em 2022, os agenciados da empresa começaram a incentivar jovens de 16 anos a tirarem o título de eleitor. Aproximadamente cinco milhões de brasileiros faziam parte do alvo da campanha.