A briga que acabou na morte do estudante Lázaro André Bezerra de Oliveira, de 15 anos, começou na fila do refeitório. É o que afirma um aluno que diz ter presenciado o início da confusão. O caso aconteceu nessa quarta-feira (20).
Segundo esse estudante, a discussão iniciou porque um dos alunos tentou furar a fila da merenda.
"Começou na fila do lanche porque alguém furou a fila do Jadson. Chegaram lá e ameaçaram com um canivete. Nisso, viemos aqui para fora, conversamos com os meninos, dizendo que não precisava disso, porque poderia gerar algo maior, até que gerou uma morte, infelizmente", disse o estudante.
Segundo a PC, Lázaro teria ido apartar uma discussão entre o amigo e outros estudantes.
Enquanto tentava separar a briga, ele levou seis golpes de canivete no tórax, caiu ao chão e uma amiga tentou estancar o sangramento.
Lázaro ainda foi levado para o Hospital Geral do Estado (HGE), mas não resistiu aos ferimentos.
De acordo com o delegado Daniel Mayer, dois adolescentes que participaram do crime foram apreendidos e estão submetidos ao Ministério Público Estadual (MPE) e ao Poder Judiciário.
Segundo a autoridade policial, o inquérito que investiga o caso será encaminhado ao órgão ministerial até a próxima semana.
O corpo do estudante foi enterrado hoje , no bairro de Santa Amélia.
Nesta quinta-feira (21), a escola Rubens Canuto amanheceu fechada. Alunos e amigos foram para a frente da unidade, com cartazes, e se manifestaram cobrando Justiça e mais segurança.
Um ex-aluno disse que um assassinato já ocorreu na quadra esportiva da escola e que as brigas são recorrentes.
A mãe de Lázaro, Cremilda Bezerra, pediu Justiça pela morte do filho.
"Eu só quero que a Justiça do céu seja a primeira, que é a divina, e que a da terra tome conta disso. E que ele não venha fazer com outras mães o que fez comigo e nem acabar com a vida de ninguém como acabou com a do meu filho. Meu filho era muito bem criado", afirmou Cremilda aos prantos.
O governo de Alagoas lamentou a morte de Lázaro e determinou que a Secretaria de Estado da Educação (Seduc) preste toda a assistência à família da vítima.
Redação, com GazetaWeb