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Caso Joana: Arnóbio Cavalcante ficou em silêncio no julgamento e foi condenado pela morte da ex-esposa

Por Redação
abril 2, 2024

Arnóbio Cavalcante, que matou a ex-esposa a facadas em Maceió e confessou o crime, ficou em silêncio durante o julgamento nesta segunda-feira (1). Por outro lado, provas técnicas periciais apresentadas pela promotoria ganharam protagonismo e ajudaram na condenação do réu a 37 anos e 2 meses de prisão.

Joana Mendes foi morta com 32 facadas em outubro de 2016. O ex-marido foi preso um dia após o crime, ocorrido no Litoral Sul de Alagoas e, confessou ter matado a ex-mulher. No julgamento desta quarta, no entanto, ele se negou a responder as perguntas do juiz e da promotoria.

Para ligar a autoria do crime ao réu, foram apresentados quatro laudos periciais, que foram anexados ao processo:

  • laudo cadavérico
  • laudo do local do crime
  • laudos de confronto genético
  • laudo papiloscópico

 

A faca usada no crime passou por análise no Laboratório Forense do Instituto de Criminalística e foi comprovada a presença de sangue de Joana na faca.

Segundo os peritos, Joana agonizou por 15 minutos antes de morrer. O corpo dela foi encontrado dentro de um carro abandonado no Conjunto Santo Eduardo.

"Ele deu 32 facadas na minha irmã, ela não teve chance de defesa. Depois ele abandonou ela sozinha e ela sangrou até a morte. Que ele pague pelo mal que fez com a minha irmã e contra a minha família", afirma Júlia Mendes.

Arnóbio vai responder ao crime em regime fechado, mas cabe recurso da decisão.

Várias testemunhas foram ouvidas ao longo do processo e afirmaram que o réu era violento. O casal estava em processo de divórcio e ele não aceitava o fim do relacionamento. Consta nos autos que o acusado marcou um encontro com a vítima para conversar sobre um acordo de pensão para o filho menor.

"A relação entre eles sempre foi abusiva. Ele era violento, conseguiu tirar a minha irmã do convívio social, dos amigos, da atividade física e do seio familiar. Até hoje sofremos com essa perda", disse Julia.

O julgamento foi conduzido pelo juiz Yulli Rotter na segunda (1º), e a sentença foi lida na madrugada desta terça-feira (2). O julgamento foi adiado duas vezes em datas anteriores. A promotoria chegou a citar fraude processual, alegando que Arnóbio incluiu um laudo psiquiátrico falso.

Por Redação, com g1 Alagoas

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