A morte de Joshua Warner, de 25 anos, em decorrência de um câncer de cérebro, chama atenção para os perigos do diagnóstico médico equivocado. O britânico apresentou os sintomas iniciais da doença, no entanto, foram confundidos com os de uma apendicite. A morte foi confirmada pela mãe dele, Eve Pateman, no último dia 17.
Eve na esperança de alertar outras pessoas sobre a gravidade da situação divulgou a história em uma campanha de arrecadação. “Meu sonho é que ninguém mais tenha seu diagnóstico desacreditado”, disse.
Segundo ela, os primeiros sintomas do filho foram uma intensa dor de cabeça que começou no fim de junho, e que persistiu por alguns dias. Joshua que era pai de um menino de 4 anos, só decidiu procurar ajuda médica cerca de 14 dias após os primeiros sintomas. Na unidade, os médicos apontaram uma apendicite, e que mesmo sem sentir incômodo na região do estômago, a enxaqueca era uma "dor reflexa".
“Fizeram uma tomografia computadorizada e apontaram para uma apendicite. Ele não tinha dor no estômago, mas disseram que a dor de cabeça era uma dor reflexa. Tiraram o apêndice dele no dia 13 de julho e, no dia seguinte, ele já precisou ser internado de novo”, relembra a mãe.
De volta a unidade hospital, o rapaz passou por uma segunda tomografia computadorizada. No entanto, apareceram massas desconhecidas em seu cérebro. Segundo a família, a equipe que fez o atendimento justificou que seria um problema de leitura da máquina e não avançou na investigação. No relato, Eve disse que os médicos negligenciaram o atendimento de seu filho por acharem que ele era um usuário de drogas. No entanto, segundo ela, Joshua estava usando uma grande quantidade de remédios opioides para lidar com a dor de cabeça.
Em agosto, o jovem desmaiou no banheiro de casa e bateu com a cabeça. Ao ser levado com urgencia para o hospital, Joshua repetiu a tomografia, e os médicos apontaram a possibilidade de existência de um tumor. O diagnóstico foi fechado dois dias depois. Segundo Eva, o câncer já havia dominado ao menos 1/4 do cérebro de Joshua. A biópsia revelou, no último dia 5, que ele tinha um glioma difuso de linha média.
Este tipo de câncer de cérebro tem grau 4, o mais alto de malignidade de um tumor. Eles acometem pessoas jovens e, em geral, são letais, infiltrando-se no tronco cerebral e nas partes do cérebro que controlam as funções vitais mais primordiais. Em geral, a sobrevida de pacientes com este tumor é de 2 anos. Os principais sintomas incluem convulsões de início repentino, perda de movimentos, comprometimento neurocognitivo e dor de cabeça intensa, acompanhada de náuseas e vômitos.
"Mesmo estando extremamente decepcionado, ele mostrou muita coragem e quis compartilhar sua história e destacar os sintomas do tumor cerebral, para que ninguém mais fosse diagnosticado erroneamente ou não acreditasse", escreveu Eva.