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Em Recife prédio desaba e pessoas ficam soterradas

Por Redação
julho 7, 2023

Por Vanessa Lima

Parte de um prédio desabou, na manhã desta sexta (7), no bairro do Janga, em Paulista, no Grande Recife. Segundo o Corpo de Bombeiros, há, ao menos, 19 vítimas: duas pessoas morreram e duas foram resgatadas com vida, outras 15 pessoas estão desaparecidas sob os escombros, incluindo crianças.

O desabamento ocorreu às 6h07. O prédio fica na Rua Dr. Luiz Inácio de Andrade Lima e faz parte do conjunto Beira-Mar. Segundo os bombeiros, um dos blocos desabou totalmente; e outro, parcialmente. Os nomes das vítimas não foram divulgados.

Foram encontrados mortos, em meio aos destroços, um homem de 45 anos e um adolescente de 12 anos. As vítimas resgatadas com vida são uma adolescente de 15 anos e uma mulher de 65 anos. Ambas sofreram fraturas.

Uma jovem de 15 anos foi encontrada sob os escombros e foi levada para o Hospital da Restauração, no Recife, onde passou por exames e encontra-se estável.

A outra vítima resgatada sob os escombros foi levada para o Hospital Miguel Arraes, em Paulista, com politraumatismo. Ela fez exames, encontra-se estável e aguarda transferência para outra unidade de saúde.

De acordo com o coronel Robson Roberto, algumas das vítimas soterradas se comunicam com os bombeiros durante a busca.

"É um trabalho que a gente conta com o auxílio dos cães, que já indicaram onde a gente tem essas possíveis vítimas. As vítimas que estão conscientes foi mais fácil, porque com nosso estímulo, elas nos responderam. Estamos mantendo essas frentes de trabalho, mas é um trabalho que tem que ser feito com calma, com cautela, porque são pessoas que estão sob escombros e a gente obviamente está com a intenção de tirá-las com vida local", disse.

Esse tipo de prédio, que é popularmente conhecido como "prédio caixão", tem térreo e três andares e, em cada pavimento há quatro apartamentos. O edifício estava interditado por ordem judicial desde 2010, de acordo com a prefeitura de Paulista. No entanto, foi reocupado em 2012.

Uma vistoria foi feita em 2018 e confirmou a interdição, mas os moradores seguiram no local. Não há informação se as pessoas estavam em algum programa habitacional ou se recebiam algum tipo de suporte para deixarem o local de risco.

Uma mulher que não quis se identificar disse que a irmã, Maria da Conceição, morava no edifício com os filhos.

“A gente ocupou aí porque não tinha onde morar. Minha irmã e os filhos dela estavam lá. Moravam cinco filhos com ela aí. A gente está sem notícia dela”, disse.

O despachante Jailson Júnior presenciou o momento em que o edifício caiu.

"Eu trabalho no terminal de ônibus do Conjunto Beira-Mar, aqui do lado. Havia pessoas soterradas lá embaixo, inclusive uma placa [de concreto] caída em cima de crianças. Está todo mundo aqui, Samu, Guarda Municipal, Corpo de Bombeiros", disse.

As buscas por vítimas seguem no local, com participação de 50 bombeiros e 40 voluntários. Cães farejadores também são utilizados na operação para encontrar pessoas.

Em abril deste ano, uma parte do Edifício Leme desabou em Jardim Atlântico, Olinda. O acidente deixou seis mortos e cinco feridos. O prédio estava interditado desde 2000, por causa de problemas de segurança. Entretanto, foi reocupado.

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