Por Weverton Bruno
Nesta sexta-feira (3), a polícia fez uma prisão significativa em Delmiro Gouveia, no Sertão alagoano, onde duas garotas de programa, anteriormente foragidas por extorsão, roubo e associação criminosa em Aracaju, Sergipe, foram detidas em uma casa de prostituição. A operação revelou um grupo de mulheres trans que extorquia suas vítimas mediante violência, com o intuito de obter vantagens financeiras.
Os crimes em questão foram alvo de investigação pela Polícia Civil de Sergipe, que identificou inúmeros boletins de ocorrência em que as vítimas denunciaram as práticas criminosas das garotas de programa transexuais em Aracaju. Utilizando o pretexto de encontros sexuais, essas mulheres coagiam suas vítimas, muitas vezes com violência, para forçá-las a entregar recursos financeiros.
A delegada Gissele Martins, responsável pelo caso, destacou que as garotas de programa atuavam em grupo, resultando na autuação por associação criminosa. Algumas vítimas relataram que, após a conclusão dos programas, eram extorquidas por um grupo de transexuais que as constrangiam e ameaçavam, inclusive fazendo uso de facas. Isso permitia que as criminosas obtivessem transferências via PIX e pagamentos por maquininhas.
A operação Themis, realizada em outubro, já havia levado à prisão de três mulheres trans envolvidas nos mesmos crimes em Aracaju, fortalecendo o trabalho das autoridades em combater essa prática criminosa. A Polícia Civil pede à população que denuncie informações sobre crimes e suspeitos por meio do Disque-Denúncia, no número 181, com a garantia do sigilo do denunciante.