- A médica disse que o equipamento que a equipe tinha levado ao apartamento não estava funcionando bem;
- Contou ainda que, naquele momento, Livia não havia apresentado sangramento ativo em nenhuma parte corpo e que por isso não foi necessária nenhuma contenção;
- Disse anda que a vítima teve duas paradas cardiorrespiratórias no apartamento e decidiram removê-la;
- Que Lívia foi colocada numa colcha, fornecida por Dimas;
- Quando chegaram ao estacionamento do condomínio, os socorristas trouxeram a maca, que estava na ambulância;
- A médica disse que a equipe usou a colcha porque a maca não cabia no elevador.
Do pedido de socorro de Dimas até a chegada de Livia ao hospital, se passaram 51 minutos. Ela teve mais duas paradas cardiorrespiratórias e acabou morrendo.
O que diz a defesa de Dimas
Segundo o advogado do jogador, os "laudos deixam claro que houve consentimento, que não houve violência. É um absurdo a gente querer espremer para tentar buscar alguma coisa criminal contra o Dimas. Ele foi testemunha de uma fatalidade”", diz Tiago Lenoir Moreira, advogado de Dimas.
O advogado criticou a demora no atendimento do Samu. "O tempo foi fundamental para a evolução desse óbito. Demorou demais. Será que o Samu está preparado para atendimentos de pronto atendimento ginecológicos?".
Segundo o advogado, o jogador não mora mais em São Paulo. Ele estava emprestado para o Corinthians. Ele tinha um contrato de dois anos que venceria no final de 2024, mas, depois da morte da jovem, ele resolveu voltar para o clube onde começou a carreira, o Coimbra Sports, em Contagem (MG).
Dimas segue treinando normalmente e não quis gravar. “Ele está extremamente abalado ainda com toda essa situação. Não tinha clima nenhum para ele jogar mais no Corinthians. Agora ele está trabalhando, cuidando da cabeça dele, cuidando do corpo dele para retomar com a carreira dele”, acrescenta Tiago Lenoir Moreira.
O que diz a prefeitura de São Paulo
A prefeitura de São Paulo, responsável pelo atendimento do Samu no município, informou que a ambulância chegou à portaria em 11 minutos após receber o chamado. Que os profissionais ficaram retidos na portaria, que não estava avisada da ocorrência. E que a utilização do reanimador manual se dá apenas depois dos primeiros procedimentos, os quais ocorreram dentro do tempo previsto no protocolo de atendimento.
A prefeitura disse ainda que "lamenta a tentativa do advogado de imputar responsabilidade descabida ao Samu, serviço fundamental para salvar vidas."
O que diz a família de Livia Gabriele
A família de Lívia Gabriele preferiu não gravar entrevista e diz que aguarda o fim das investigações.