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Laudos oficiais da morte de Livia Gabriele em encontro com jogador do Corínthians: jovem não apresentava fraturas nem sinal de violência

Por Redação
março 25, 2024

 

Novas revelações sobre o caso Livia Gabriele, a jovem que morreu depois de ter relação sexual com o ex- jogador do sub 20 do Corinthians, Dimas Cândido de Oliveira Filho.

Laudos oficiais indicam que não houve violência e que os dois não usaram drogas nem bebida alcoólica. E imagens das câmeras de segurança também ajudam a entender um pouco mais sobre o que aconteceu naquele dia.

Não há imagens do que aconteceu dentro do apartamento. À polícia, o jogador disse o seguinte:

  • Que tiveram relação sexual com uso de camisinha;
  • Depois descansaram, conversaram e foram ter uma segunda relação;
  • De repente, Livia não respondia mais e percebeu que ela tinha desmaiado;
  • E que na hora, ligou para o Samu;
  • Ele contou que o atendente o orientou a colocá-la de barriga pra cima e massagear o peito até a chegada da ambulância;
  • E que, nesse momento, notou que Lívia apresentava um sangramento nas partes íntimas.

O caso é investigado como morte suspeita. A causa: uma "ruptura de fundo de saco de Douglas com extensão à parede vaginal esquerda".

 A Polícia Científica do Estado concluiu os laudos oficiais:

Os peritos não encontraram drogas nem bebida alcoólica no sangue de Livia. E não havia esperma no corpo dela, o que confirma o uso de camisinha. A jovem também não apresentava fraturas nem sinais letais de violência.

Dois especialistas que explicaram as informações que constam dos laudos, já que há muitos termos técnicos.

“A causa na morte foi na verdade uma hemorragia aguda importante com um choque hemorrágico”, diz Jairo Iavelberg, médico ginecologista e obstetra.

“Ela teve um sangramento, uma hemorragia, tanto da parte interna, tanto da parte externa”, destaca Fabiane Vale, da Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia.

O laudo diz que a ruptura, o machucado, chegou a cinco centímetros de extensão.

“Muitas vezes isso pode acontecer sem muita dor e provavelmente só teve início a queixa com sintomas já de choque. Tontura, taquicardia, perda de consciência”, completa Jairo Iavelberg.

Segundo os peritos, alesão foi causada por um objeto contundente, sem especificar qual seria. Os especialistas ouvidos opinaram:

"Especificamente o pênis contra o fundo de saco vaginal”, pondera o médico Jairo Iavelberg.

“O pênis pode ter levado a essa lesão. O caso dela foi uma fatalidade, aparentemente pelo que tá aparecendo, pela parte anatômica", ressalta Fabiane Vale.

“As mulheres não precisam ficar preocupadas. Isso é uma condição rara. Mas se a mulher apresenta algum sangramento durante a relação sexual, se a mulher tem dor durante a relação sexual, para, procura ajuda. Vai no ginecologista, para ter uma vida sexual saudável, plena”, completa Fabiane.

Sobre a morte de Livia, os investigadores ainda aguardam alguns relatórios médicos pra saber se a jovem tinha alguma doença. A polícia informou que a apuração está na fase final.

O atendimento do Samu

Sobre o depoimento da médica do Samu, à polícia, ela disse que:

  • A ambulância não conseguiu entrar porque era mais alta que a cobertura do estacionamento do condomínio;
  • Com equipamentos para atendimento de uma parada cardiorrespiratória, a equipe andou cerca de 100 metros até o prédio do jogador;
  • Que um elevador estava ocupado e o outro, quebrado;
  • Que esperaram a chegada do elevador e foram ao oitavo andar;
  • Que no apartamento, encontrou Dimas fazendo massagem cardíaca em Livia, e no telefone, ainda com o atendente do Samu;
  • Que a partir daí, a equipe assumiu a emergência.
 Uma imagem mostra que um socorrista foi até a ambulância pegar um outro equipamento. Era um reanimador manual, usado em casos de insuficiência respiratória.
  • A médica disse que o equipamento que a equipe tinha levado ao apartamento não estava funcionando bem;
  • Contou ainda que, naquele momento, Livia não havia apresentado sangramento ativo em nenhuma parte corpo e que por isso não foi necessária nenhuma contenção;
  • Disse anda que a vítima teve duas paradas cardiorrespiratórias no apartamento e decidiram removê-la;
  • Que Lívia foi colocada numa colcha, fornecida por Dimas;
  • Quando chegaram ao estacionamento do condomínio, os socorristas trouxeram a maca, que estava na ambulância;
  • A médica disse que a equipe usou a colcha porque a maca não cabia no elevador.

Do pedido de socorro de Dimas até a chegada de Livia ao hospital, se passaram 51 minutos. Ela teve mais duas paradas cardiorrespiratórias e acabou morrendo.

O que diz a defesa de Dimas

Segundo o advogado do jogador, os "laudos deixam claro que houve consentimento, que não houve violência. É um absurdo a gente querer espremer para tentar buscar alguma coisa criminal contra o Dimas. Ele foi testemunha de uma fatalidade”", diz Tiago Lenoir Moreira, advogado de Dimas.

O advogado criticou a demora no atendimento do Samu. "O tempo foi fundamental para a evolução desse óbito. Demorou demais. Será que o Samu está preparado para atendimentos de pronto atendimento ginecológicos?".

Segundo o advogado, o jogador não mora mais em São Paulo. Ele estava emprestado para o Corinthians. Ele tinha um contrato de dois anos que venceria no final de 2024, mas, depois da morte da jovem, ele resolveu voltar para o clube onde começou a carreira, o Coimbra Sports, em Contagem (MG).

Dimas segue treinando normalmente e não quis gravar.  “Ele está extremamente abalado ainda com toda essa situação. Não tinha clima nenhum para ele jogar mais no Corinthians. Agora ele está trabalhando, cuidando da cabeça dele, cuidando do corpo dele para retomar com a carreira dele”, acrescenta Tiago Lenoir Moreira.

O que diz a prefeitura de São Paulo

A prefeitura de São Paulo, responsável pelo atendimento do Samu no município, informou que a ambulância chegou à portaria em 11 minutos após receber o chamado. Que os profissionais ficaram retidos na portaria, que não estava avisada da ocorrência. E que a utilização do reanimador manual se dá apenas depois dos primeiros procedimentos, os quais ocorreram dentro do tempo previsto no protocolo de atendimento.

A prefeitura disse ainda que "lamenta a tentativa do advogado de imputar responsabilidade descabida ao Samu, serviço fundamental para salvar vidas."

O que diz a família de Livia Gabriele

A família de Lívia Gabriele preferiu não gravar entrevista e diz que aguarda o fim das investigações.

 

Redação com Fantástico

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