Por Jardel Gonçalves/ Matéria extraída de (Metropolis)
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) participou nesta segunda-feira (17/7) de uma reunião com representantes do governo e da oposição da Venezuela. O encontro ocorreu às margens da cúpula da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac) com a União Europeia, em Bruxelas, na Bélgica.
Pelo governo venezuelano, participou a vice-presidente do país, Delcy Rodríguez, e Gerardo Blyde representouo a oposição venezuelana. Também participaram do encontro os presidentes Alberto Fernández (Argentina), Gustavo Petro (Colômbia) e Emmanuel Macron (França).
Segundo o Palácio do Planalto, a situação na Venezuela e as relações internacionais do país foram tema da agenda, que durou cerca de uma hora e meia.
Durante o encontro, o presidente Lula voltou a falar que o país é o responsável pela resolução de seus próprios problemas, segundo informações do jornal O Globo confirmadas pelo Metrópoles. “Só os venezuelanos podem resolver o problema do país”, ressaltou o petista.
“Democracia é relativa”
No mês passado, durante uma entrevista à Rádio Gaúcha, Lula foi questionado sobre o motivo pelo qual setores da esquerda defendem o governo da Venezuela. Na ocasião, Lula disse que o conceito de democracia é “relativo”.
“A Venezuela tem mais eleições do que o Brasil. O conceito de democracia é relativo para você e para mim”, afirmou o presidente.
Apesar de o regime venezuelano realizar eleições, diversas organizações internacionais denunciam a violação de direitos humanos na gestão de Nicolás Maduro.
O Tribunal Penal Internacional de Haia, na Holanda, investiga o governo venezuelano por perseguir, prender e torturar milhares de opositores desde 2017. A Organização das Nações Unidas (ONU) se recusou a enviar observadores internacionais à eleição de Maduro, em 2018, após ele ter proibido os principais rivais de participarem do pleito. À época, a oposição denunciou fraudes e compras de votos.