A mãe da criança que levou 19 mordidas de um coleguinha em uma escola de Coruripe, Interior de Alagoas, afirmou que a professora e as duas auxiliares de sala deram duas versões sobre o momento em que o menino de 2 anos foi mordido. A família fez um boletim de ocorrência na sexta-feira (1º).
Débora Gomes disse que a primeira versão das funcionárias da escola foi de que o filho dela teria sido deixado sozinho, enquanto a professora tentava acalmar outra criança que chorava no canto da sala.
"Falou que estava com ele e outro coleguinha no colo, e outra criança começou a chorar no canto da sala e ela foi olhar o que estava acontecendo. Enquanto isso, deixou ele lá e quando voltou ele estava nessa situação".
Segundo Débora, a outra versão que ela ouviu foi de que o filho e o coleguinha que o mordeu foram encontrados embaixo de uma mesa da sala de aula.
"Falaram que ninguém ouviu, ninguém viu nada e que só começaram a perceber quando ouviu um choro, e procurou o choro de onde vinha e ele estava embaixo da mesa com outro coleguinha", afirmou Débora Gomes.
A mãe contou que o filho é uma criança que gosta de conversar, mas que ele não quer falar sobre as mordidas na escola.
O caso ocorreu na Escola Professora Maria Zenaide, que tem convênio com a Prefeitura de Coruripe, em Alagoas.
Segundo o Município, são 21 crianças matriculadas na classe do menino agredido e três profissionais para cuidar de todas elas, sendo uma professora e duas auxiliares.
A secretária de educação Cintya Alves disse que as três funcionárias foram afastadas e que imagens de câmeras da escola podem ajudar a descobrir o que realmente aconteceu.
"Tinham três pessoas em sala de aula. Então precisa ver o que realmente aconteceu. A secretaria vai fornecer amparo psicológico à família. A mãe e a criança vão ser acompanhadas. Estamos resgatando imagens das câmeras e já começamos a dar abertura no processo administrativo", afirmou Cintya Alves.
O Conselho Tutelar também acompanha o caso e cobra respostas sobre nenhuma das funcionárias que estavam na sala de aula terem visto o momento em que a criança foi mordida 19 vezes.
"A gente sabe que entre crianças na escola, acontece uma mordida ou outra, mas 19!, e o professor não ver. A gente não pode fechar os olhos para uma situação dessa", afirmou a conselheira tutelar Érika Lessa.
Por Redação / Com g1 Alagoas