A denúncia à qual o delegado se refere, protocolada junto ao MP, acusa o juiz de facilitar a introdução de um telefone celular em uma instituição prisional. De acordo com a denúncia, um detento em posse do aparelho afirmou ao delegado que realizava "serviços" para o juiz em sua residência, justificando assim a posse do dispositivo.
Além disso, a denúncia também alega que o magistrado praticou favorecimento pessoal e facilitou a fuga de presos. Parte do documento relata que "o delegado ouviu de várias fontes que a cidade estava imersa em um ciclo de violência: o aumento de furtos e roubos decorria do crescente número de usuários de drogas, cuja quantidade aumentava devido ao tráfico desenfreado, sendo este último alimentado pelo juiz da cidade, que libertava traficantes em troca de dinheiro".
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A denúncia continua afirmando que "também se comenta que o magistrado mantém os presos sob condições deploráveis, privando-os de dignidade mínima como parte de uma estratégia para vender facilidades, induzindo os detentos a buscarem, em nome de sua própria saúde, decisões judiciais favoráveis através de corrupção".
Em resposta, a Secretaria de Segurança Pública do Amazonas (SSP-AM) emitiu uma nota informando que uma equipe da Corregedoria-Geral do Sistema de Segurança foi enviada a Carauari na quinta-feira (8) para investigar os acontecimentos envolvendo o delegado e o juiz da comarca.