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Palmeira dos Índios comemora 134 anos de sua Emancipação Política, neste 20 de Agosto

Por Redação
agosto 20, 2023

Por Vanessa Lima

O município de Palmeira dos Índios comemora neste 20 de agosto de 2023, 134 anos de sua Emancipação Política e o portal Agreste Agora contará um pouco da trajetória dessa cidade tão acolhedora, localizada no Agreste Alagoano.

História

Por volta de 1770, chegou a povoação o Frei Domingos de São José, e no mesmo ano iniciou a construção da primeira igreja. Três anos depois, convertidos os gentios, o citado franciscano obteve de Dona Maria Pereira Gonçalves, proprietária da sesmaria, doação de meia légua de terras em quadra para a edificação de uma capela, dedicada ao Senhor Bom Jesus da Boa Morte.

Em 1798 foi criada à freguesia de Palmeira dos Índios e, em 1835, o povoado foi elevado à categoria de vila, desvinculando-se de Anadia. Em 1846, voltou à condição de distrito, em conseqüência das lutas políticas entre famílias locais, que estacionaram economicamente o lugar. Só sete anos depois, Palmeira retorna à categoria de vila, recuperando seu desenvolvimento e sendo elevada à cidade em 20 de agosto de 1889.

Em 1821, os índios pediram, ao Presidente da Província das Alagoas, doação de terras onde pudessem trabalhar. No ano seguinte, a Junta Governativa, atendendo ao apelo, determinou a demarcação da área compreendida entre o riacho Cabeça de Negro, atualmente Pau da Negra e as cabeceiras do Panelas.

Em 1927 foi eleito o seu mais famoso prefeito, Graciliano Ramos de Oliveira, o escritor de renome mundial que em 1933 publicou o seu primeiro romance “Caetés”, que narrava vários fatos do cotidiano da cidade.

Com inauguração, em 1933, da estrada de ferro, como ponto terminal do ramal que partia de Lourenço de Albuquerque, o Município entrou em fase de grande desenvolvimento. Os índios que viviam nas regiões serranas eram os Cariris e Xucurus, em meio a um abundante palmeiral que constituía a vegetação local, razão pela qual o nome do município passou a ser Palmeira dos Índios. Conhecida como à "Princesa do Sertão".

A cidade tem como parte de sua população indígenas Xukuru-Kariri, os mesmos habitam a zona rural dividindo-se em 09 aldeias, sendo 08 reconhecidas pelo Estado e 01 em processo de reconhecimento.

Não podemos esquecer também de seus filhos ilustres como: Waldemar de Souza, Luiz Torres, Jofre Soares, Tenório Cavalcante, Monsenhor Macedo, Enéias Simplício, Minervo Pimentel, Noé Simplício e tantas outras personalidades da história palmeirense.

Dados Culturais

O município também é conhecido por ter muitos pontos turísticos, recebendo visitantes de outros estados ao longo de todo o ano.

  • Casa Museu Graciliano Ramos, onde o próprio escritor, que foi prefeito residiu com sua família, com pertenteces. Legítimos.
  • Igreja Nossa Senhora do Amparo (Catedral Diocesana).
  • Santuário Nossa Senhora do Amparo (homenagem à Padroeira da cidade).
  • Estátua do Cristo do Goiti, com vista panorâmica de toda cidade, do alto da Serra do Goiti.
  • Santuário de Frei Damião.
  • Museu Xucurús, que fica na igreja do Rosário, no centro da cidade, construída pelos escravos do século XVIII.
  • Aldeia da Cafurna, com remanescentes dos Xucurus e Cariris.
  • Praças centenárias, entre outros.

Entre as festividades, destacam-se à Festa de Reis (janeiro), Semana do Índio (abril), São João (junho), Semana de Arte e Cultura e FIPI - Festival de Inverno de Palmeira dos Índios (Agosto), que acontece na semana de sua Emancipação e no ano de 2023 está em sua 3°edição, Semana Graciliano Ramos (Outubro) e a Festa de Nossa Senhora do Amparo (Dezembro).

Clima

Devido à sua localização no agreste alagoano e estando à cerca de 340 metros de altitude, Palmeira dos Índios possui o clima Tropical Semiúmido, contendo verões quentes e invernos razoavelmente frios, com período chuvoso concentrado no inverno, especialmente entre os meses de maio à agosto. Na serra do Cristo do Goiti, início do Planalto da Borborema, a temperatura mínima no inverno pode facilmente chegar aos 14°C, chegando até os 12°C durante as noites, além do vento que é constante, fazendo com que a sensação térmica seja ainda menor.

Lenda de Palmeira dos Índios

Conta a lenda que há muitos anos atrás havia um índio chamado Tilixi. Este índio era apaixonado por uma índia chamada Tixiliá. No entanto, esse amor era proibido, uma vez que a índia estava prometida ao cacique Etafé. Durante uma festa tribal, Tilixi se aproximou de Tixiliá e lhe deu um beijo. Como castigo, Tilixi foi condenado à morte por inanição. Tixiliá, que estava proibida de ver seu amado, foi ao seu encontro. Esta, ao ser flagrada por Etafé, foi atingida mortalmente por uma flecha. Caindo ferida, Tixiliá morreu junto a Tilixi. Além disso, diz a lenda que no lugar onde morreram nasceu, após um certo tempo, uma formosa palmeira. Surgindo daí o nome da cidade, Palmeira dos Índios.

HINO DE PALMEIRA DOS ÍNDIOS
Letra: Luis B. Torres e José Rebelo Torres
Música: Luis B. Torres e Maestro José Gonçalves

TEU PASSADO GLORIOSOTEM ORIGEM SECULAR
NOS HERÓICOS XUCURUS
DE BRAVURA E FÉ SEM PAR
CUJOS FEITOS NÓS SEGUIMOS
COMO LUZ A NOS GUIAR
TUAS TERRAS VERDEJANTES
E O TEU POVO VARONIL
SE IRMANARAM NO TRABALHO
PARA A GLÓRIA DO BRASIL
SOB O MANTO PROTETOR
DO TEU CÉU DE PURO ANIL
SEJAS SEMPRE IDOLATRADA,
DENTRO EM NOSSO CORAÇÃO
TU PALMEIRA ABENÇOADA
A PRINCESA DO SERTÃO
OH! PALMEIRA NÓS QUEREMOS
EXALTAR O TEU PERFIL
DECANTAR A TUA BELEZA
QUE POSSUI ENCANTOS MIL,
DE CIDADE DA ESPERANÇA
INCRUSTADA NO BRASIL
SE NASCESTE DE UMA CRUZ
TU SÓ TENS AMOR A DAR
ASSIM SENDO ESTE TEU SOLO
SEMPRE VIVE A SE OFERTAR
PARA QUANTOS QUE O DESEJEM
TRANSFORMÁ-LA NO SEU LAR
SEJAS SEMPRE IDOLATRADA,
DENTRO EM NOSSO CORAÇÃO
TU PALMEIRA ABENÇOADA
A PRINCESA DO SERTÃO
MESMO AUSENTE DO TEU SEIO
NINGUEM PODE TE OLVIDAR
PERMANECE NA LEMBRANCA
COMO UM BEM A MALTRATAR
INUNDANDO DE SAUDADE
E O DESEJO DE VOLTAR
IMIGRANTES E TEUS FILHOS
NESTE CANTO EM TEU LOUVOR
NOS UNIMOS NUM SÓ CORPO
E NA VOZ O MESMO ARDOR,
PARA DAR-TE SEM RESERVAS,
NOSSA VIDA E NOSSO AMOR
SEJAS SEMPRE IDOLATRADA,
DENTRO EM NOSSO CORAÇÃO
TU PALMEIRA ABENÇOADA
A PRINCESA DO SERTÃO

ACIDENTES GEOGRÁFICOS – Sua bacia não é muito extensa. Constitui-se dos rios Coruripe ( que nasce na serra do Bonifácio ) e Panelas, e dos riachos Guedes e Ribeira. Merecem citação ainda as lagoas do Algodão, dos Caboclos, dos Porços, Cascavel e Lagoinha e dos açudes Cafurnas ( capacidade de 1000000 de metros cúbicos) e Chucurus ( 500000 metros cúbicos ). Como acidentes geográficos merecem destaque as serras do Murro (460 metros de altura), Candará (622 metros), da Palmeira (610 metros) e a Serra das Pias (620 metros). Podemos citar outras serras, quais sejam – serra das pias , carangueja amaro baixa da lama e macacos.

RIQUEZAS NATURAIS – No reino vegetal, boas quantidades de madeira própria para a construção e plantas medicinais. No mineral, é rico o subsolo de Palmeira dos Índios, encontrando-se em exploração ainda que em estado precário jazidas de pedra calcária, mármore (de excelente qualidade), mica e ferro (estes sem exploração) e salgema, explorada também em estado precário. No reino animal, são encontrados tatu, cotia e peixes em abundância nos açudes.

ESCRITORES DE PALMEIRA DOS ÍNDIOS – Palmeira dos Índios é muito conhecida culturalmente. É muito rica de Escritores alguns filhos naturais da terra e outros que à adotaram como terra Natal. Transcrevemos relação dos Escritores Palmeirense: Adalberon Cavalcante, Lucenio de Matos, Alba Granja Medeiros, Ademar Duarte Constant, Amarílio Santos, Alvino Correia, Ana Clara Vieira de Vasconcelos, Antônio Caetano Pinto, Antonieta de Barros Torres, Carlos Pontes, Elis Medeiros Eraldo Vieira de Melo, Epaminondas José de Araújo, Everaldo Damião da Silva, Francisco Xavier de Macedo, Gilberto Marques Paulo, Geovan Xavier Benjoino, Graciliano Ramos de Oliveira, Hélio Luiz Lima de Moraes, Herbert José Lisboa Martins Torres, Isvânia Marques da Silva, Ivan Barros, João Francisco Duarte, José Jurandir de Oliveira, José Pantaleão Neto, José da Costa Sampaio, José Delfim da Mota Branco, José Maria Melo da Costa, José Alves Pereira, Lidenor de Mello Motta, Lourival de Mello Motta, Luís de Barros Torres, Luiz Antônio, Manoel Bezerra e Silva e Maria Luíza Duarte.

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