Por Vanessa Lima
A Polícia Civil do Rio de Janeiro disse em nota à coluna, que o Ministério Público estadual demorou 16 meses para devolver à corporação o inquérito sobre quem matou Edimilson Oliveira da Silva, conhecido como Macalé e apontado como a pessoa que intermediou a contratação de Ronnie Lessa para matar a vereadora Marielle Franco.
A acusação contra Macalé foi feita pelo delator Élcio Queiroz, motorista do carro usado por Lessa no dia do assassinato da vereadora.
A Polícia Civil rebateu investigadores do caso Marielle, de que a corporação não havia dado andamento ao inquérito sobre o assassinato de Macalé. Na nota, a corporação alega que a investigação ficou com o Ministério Público do Rio de Janeiro entre dezembro de 2021 e fevereiro deste ano.
O MP do Rio disse que os inquéritos estão sob sigilo e que “os prazos citados foram os necessários para o curso das investigações”.
Macalé foi executado na Avenida Santa Cruz, em Bangu, na zona oeste do Rio. Como o crime não foi investigado, a Polícia Federal não tem elementos nem para saber se o assassinato teve ligação com o caso Marielle ou se foi queima de arquivo devido a outros casos. Segundo as investigações da Polícia Federal, Edimilson Oliveira da Silva era um sicário da milícia.
Segundo o relato de Élcio Queiroz, além de levar a encomenda para Ronnie, Macalé ajudou Lessa a monitorar a rotina da vereadora, seguindo Marielle meses antes do crime, que aconteceu em março de 2018.