Uma empresa alagoana de engenharia civil perdeu R$ 4 milhões após a ação de um hacker. Cleiton Rosa Silva, de 35 anos, é suspeito do crime e foi preso nesta quinta-feira (11) em casa, na cidade de Trindade, em Goiás. O crime, segundo a Polícia Civil de Pernambuco (PC-PE), foi cometido em 2020.
De acordo com o delegado Eronides Meneses, da Delegacia de Repressão aos Crimes Cibernéticos, o Banco do Brasil informou à polícia a respeito da situação após o cliente acordar com R$ 4 milhões a menos na conta. O delegado relata que a ação de Cleiton Rosa foi realizada rapidamente, à noite, quando ele fez 172 transações para contas diferentes.
Segundo o delegado, o hacker enviou um "fishing” para alguém com acesso à conta da empresa. Ele explica que não ficou claro durante a investigação quem foi a pessoa que caiu na armadilha, nem de que forma, exatamente, ela foi enviada, se por e-mail, site falso ou outro método.
Após a pessoa cair na “isca” do hacker, ele teve acesso a informações que o levaram para um celular e habilitou a linha para operações bancárias. O Banco do Brasil ressarciu o cliente e ficou com o prejuízo.
Além da prisão de Cleiton Rosa, a operação desta quinta-feira (11) cumpriu 26 mandados de busca e apreensão em vários estados do Brasil, entre os alvos estavam pessoas que emprestaram as contas para receber o dinheiro e também gente do núcleo principal da quadrilha, como a esposa de Cleiton Rosa, de acordo com polícia.
A Justiça de Alagoas também autorizou o bloqueio de R$ 8 milhões de contas bancárias de oito envolvidos nos crimes. Cleiton Rosa também teve bens, como carros de luxo, sequestrados pela Justiça. O hacker é réu primário, segundo a polícia.
Durante o cumprimento dos mandados foi apreendido uma grande quantidade de celulares, computadores, modens, maquinetas de cartão de crédito e outros materiais.
Redação com GazetaWeb