Por Vanessa Lima
Nesta terça-feira (29), professores da rede estadual de Alagoas decidiram manter a greve, mesmo com determinação da justiça para o retorno imediato dos profissionais às salas de aula, sob pena de multa diária de R$ 5 mil. A informação foi confirmada pelo Sindicato dos Trabalhadores da Educação (Sinteal).
A decisão da manutenção da greve aconteceu após assembleia. O Sinteal informou que o seu setor jurídico está atuando para recorrer da decisão do desembargador.
Após a reunião, os professores fizeram caminhada pelas ruas do centro de Maceió até o Palácio República dos Palmares. A categoria está em greve desd3 a última quinta-feira (24) e cobra um reajuste salarial de 14,95%, percentual acima do que foi proposto pelo Estado, de 5,79%.
Na quarta (23), a Assembleia Legislativa de Alagoas (ALE), aprovou o projeto de Lei enviado pelo Poder Executivo para reajustar o salário dos servidores públicos em 5,79%, dividido em duas parcelas: 3% a partir de 1º de setembro de 2023 e 2,79% a partir de 1º de janeiro de 2024. O PL ainda precisa ser sancionado pelo governador Paulo Dantas (MDB).
Horas após a paralisação na quinta, a Justiça de Alagoas, através de decisão do desembargador Orlando Rocha, considerou a greve ilegal por não ter sido comunicada no tempo exigido por lei. A ação foi ajuizada pelo Estado de Alagoas, que pediu o reconhecimento da ilegalidade e abusividade da greve.
Em nota, a Secretaria de Estado da Educação (Seduc) informou que, apesar do anúncio de paralisação feito pelo Sinteal, as aulas na rede estadual de ensino estão mantidas.
Via g1 Alagoas