Por Vanessa Lima

Após faltar pela segunda vez à audiência da CPI das Pirâmides Financeiras nesta quinta-feira (24/8) Ronaldinho Gaúcho precisará se apresentar à comissão por meio de uma condução coercitiva, decidida pela presidência da Comissão Parlamentar de Inquérito. 

A medida prevê que o atleta seja levado por forças policiais à comissão, garantindo sua participação. Ronaldinho apresentou uma justificativa para não comparecer novamente, mas ele não poderia ter se ausentado por ter sido convocado. Ricardo Silva (PSD/SP), relator da comissão, considerou que o ato não está de acordo com as prerrogativas legais. 

“Nós remarcamos a data com a afirmação de que a ausência iria trazer a essa comissão como única saída o pedido de condução coercitiva e é isso que a presidência desta CPI está determinando nesta manhã. Tivemos voos que pousaram em Brasília às 7 da manhã. Mesmo que não que tivesse esse argumento de não ter o voo, não é um argumento amparado pela Lei. A Lei fala que a convocação tem que ser cumprida”, declarou ele. 

Ronaldinho deve ser ouvido pela comissão por ser sócio de uma das empresas investigadas, que prometia um rendimento de 2% ao dia pela compra de criptomoedas. O jogador já é réu de uma ação coletiva desde 2020, onde as vítimas pedem R$ 300 milhões em prejuízos aos investidores. 

No entanto, segundo o irmão e empresário do ex-jogador, Roberto Assis, que esteve presente na sessão de hoje, o atleta não tem nenhuma parcela de culpa no que aconteceu.

“Meu irmão não é e nunca foi sócio da empresa. Eu e meu irmão não fomos sócios da 18K Ronaldinho. Meu irmão foi vítima dessa empresa e dos seus sócios, que utilizaram o nome e a imagem sem autorização. Inclusive, o Ronaldo já foi ouvido na condição de testemunha”, declarou.

Via Léo Dias