Por Vanessa Lima via Jornal de Alagoas
Nesta terça-feira (18), foi encaminhado pela Polícia Civil de Alagoas, um inquérito que investiga o feminicídio contra a jovem Mônica Cavalcante, 26 anos, em São José da Tapera, no último dia 26 de junho.
A conclusão do inquérito ocorre quase um mês após o crime. Mônica foi morta a tiros, supostamente pelo marido Leandro Pinheiro Barros, 38 anos, que fugiu logo após o assassinato.
O acusado ficou conhecido por amedrontar possíveis testemunhas, uma vez que familiares da vítima que moram na cidade, de 32 mil habitantes, não aceitam falar com a imprensa sobre o crime, menos ainda sobre o relacionamento de Mônica e Leandro —ao menos até que ele seja preso. Conforme as informações do crime, o casal tinha um relacionamento conturbado, marcado por ciúmes e brigas.
Segundo os relatos de populares, o crime teria sido motivado por uma briga entre Mônica e Leandro durante uma festa. Ainda de acordo com as denúncias, a ocasião contava com presença de militares e guardas municipais que teriam omitido socorro. Além disso, uma publicação de condolências feita pela prefeitura de São José da Tapera teria apontado o caso apenas como “falecimento” da vítima sem fazer qualquer menção ao crime.
Inicialmente, as investigações foram comandadas pelo delegado da cidade, Diego Nunes, sendo depois nomeada uma comissão para apurar o caso, formada pelo próprio Diego Nunes, e pelos delegados Igor Diego, diretor da Divisão Especial de Investigação e Capturas (Deic) e Thales Araújo.
“O acusado permanece foragido e estamos realizando diversas diligências com o objetivo de prendê-lo e levá-lo ao Poder Judiciário para que venha a responder pelo crime. Ele tem mandado de prisão em aberto e nós continuamos com todas as forças trabalhando para prendê-lo”, disse o delegado.
Ele acrescentou que a população pode ajudar por meio do disque-denúncia - 181. “Quem tiver alguma informação pode passar por meio desse número e nós iremos verificar. A população tem sido parceira da Polícia Civil e ajudado a prender diversos criminosos”, concluiu Igor Diego.