O governo da Venezuela suspendeu, nesta quinta-feira (15/2), as atividades de escritório de direitos humanos da Organização das Nações Unidas (ONU) e determinou que os funcionários do órgão deixem o país em até 72 horas.
Além disso, a Venezuela informou que irá realizar, nos próximos 30 dias, uma revisão nos termos de cooperação técnica em carta previstos em carta assinada com a entidade.
Em comunicado, o governo afirmou que tomou a decisão contra o Escritório de Assessoria Técnica do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos na Venezuela devido ao “papel impróprio que essa instituição tem desenvolvido”.
O governo ainda destacou que as instituições venezuelanas “têm procedido com paciência e através do diálogo, tentando repetidamente redirecionar as ações do Alto Comissariado para o respeito pela verdade, pela legalidade internacional e pelas normas que regem o tratamento das questões de direitos humanos”.
A decisão foi anunciada pelo ministro das relações exteriores, Yván Gil, nesta quinta-feira (15/2), e ocorre após a entidade de defesa dos direitos humanos mostrar preocupação com a detenção de uma ativista.
À CNN, a porta-voz da ONU Ravina Shamdasani disse que a entidade continua a colaborar com as outras autoridades e partes interessadas. “Nosso princípio orientador tem sido e continua a ser a promoção e proteção dos direitos humanos do povo da Venezuela”, completou.